terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Bíblia dos Iniciantes. Parte 1

Nenhum professor de bateria me influenciou tanto quanto Freddie Gruber. Nascido em 1927 em Nova York, é um famoso baterista de jazz que decidiu ensinar a todos como a física influi na forma de tocar. Como a tensão e a gravidade influem na quantidade de esforço que é necessária. E como se usa a reação do rebote pra disperdiçar o mínimo de energia.


Freddie: É chamado de "approach", Pois a forma como você faz é quase tão importante quando o quê, pois um completa o outro.. Veja. Essa baqueta parece sólida, e é. Mas na realidade, considerando como universo age, se você criar isso (demonstrando como a baqueta pode ser maleável), e o seu "approach" para isso, você está em real contato com a coisa toda".

Essa essência teórica-física da bateria, é para mim, algo importantíssimo, que todos que desejam começar a tocar devem ter em mente. Eu considero um verdadeiro atalho para aqueles que praticam, pois sem essa consciência, estás lutando contra a natureza, e disperdiçando MUITA energia.
Para exemplificar o que estou dizendo, dou a vocês, o que para mim é o melhor vídeo instrucional que eu já tive a oportunidade e ver. (e para a sorte daqueles que não compreendem inglês, ele acabou ser legendado e postado no YouTube).


Valeu ao Daniel Batera por ter feito essa mão pro pessoal!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A mística

Ao longo dos meus estudos, tive a sorte de vislumbrar diversos "insights" criativos, que mudaram minha forma de tocar pra sempre. Esses tipos de iluminações vão além de qualquer ensinamento, curso, aula, ou exercício. São simplesmente conclusões que as nossas mentes chegam após questionamentos incansáveis - Afinal, nunca saberemos tudo - a vida é um constante aprendizado. Mas há dois dias.. mais basicamente no 7/11, este cara deu corda a mais uma idéia.

Paul McCartney: Com certeza, o maior e melhor músico vivo na atualidade.

Tive o coração tocado no fundo já no primeiro acorde. Mas mais do que isso: fiquei extremamente curioso sobre como esse homem de 68 anos se move pelo palco. Como disse há alguns posts, música, vibrações, e por consequencia, a dança estão 100% interligadas. E percebo muito bem um completo lapso de esforço físico. Paul quase que simplesmente levita de um lado para o outro. Vai da sua posição central até o piano dançando, com gestos delicados e simples. Isso com certeza me instigou muito ao mesmo momento que estava emocionado ao extremo com a maior experiência sonora que tive em toda a minha vida. Isso prova como a natureza possui um relógio próprio, aonde é impossível desafiar o tempo.É impossível fazer um rio correr mais rápido. É a famosa lei hindu do mínimo esforço.